Os Guerreiros Demônio - Abushes

Soldado do Império
Em 3 meses tudo já estava pronto e o sistema funcionava. 

O rei costumava caminhar pela cidade murada e em uma dessas caminhadas ele conheceu Gabriela. Gabriela aparentava ser uma jovem determinada e forte, apesar do corpo esquio que atraíra o rei. Seu cabelo ondulado e negro, olhos castanhos que encantara o nobre. Em uma tarde, os dois já queimavam de paixão pelos corredores do palácio até uma das portas dos quartos menores propositalmente se abrir. E a tarde se vai.

Já à noite, Ran procurava o rei por todos os lados. Ran passa direto pela porta onde ele estava, mas ouve a sua voz e volta e entra no quarto. Sua cara era de surpresa e sua frase estranha: - Mas o que é isso? Quem é essa puta?

- Calma, não faça estardalhaço.
- Estardalhaço!? Eu devia lhe matar, adeus. - Sai rápido e em fúria.
O rei fica a gritar pelo corredor enquanto Ran se vai.
- Espere Ran! Deixa eu falar. Eu precisava fazer isso. Era só por um filho! Nem mesmo foi em nossa cama.
Ran se vai e o deixa desolado de pé no corredor.

Gabriela passa os dias sempre ao lado do rei e um mês depois de Ran partir, eles descobrem que ela daria o herdeiro do rei. Augusto sabia onde Ran estava e no dia seguinte ao da notícia sobre seu filho, ele partiu para encontrar o jovem guerreiro. Ran estava em uma fazenda fora dos muros e um pouco distante, mas pertencente ao reino. Augusto e mais dois Hatamotos saem para o encontrar Ran. Levam algumas horas e uns bares e casas depois, ao fim da tarde, chegam na tal fazenda. Entram e são bem recebidos por algumas mulheres. Ran aparece e fala primeiro.
- Senti sua falta.
- Eu também, me perdoa, eu deveria ter lhe falado, pedido permissão.
- Você gosta dela?
- Um pouco, mas não tanto quanto de um outro alguém.
- Eu fiquei com muita raiva, mas não posso viver sem você.
- O quarto real continua imaculado.
- Ah! Tá! Eu achei que ia morrer, estou morrendo aos poucos.
Augusto se aproxima de Ran e toca seu queixo.
- Vem cá. - olha para trás e diz: - Homens, descansem, iremos passar a noite aqui.
Os dois se recolhem até a hora do jantar que é interrompido por uma jovem batedor: - Lord! Um enorme exército se aproxima, estão acampados no vale antes da Última Fortaleza, Alfredo já está pronto para defesa se necessário. 
Ran: - Esperem aqui fora, pegarei minha armadura e cavalos para nós
Augusto: - Pequeno, vá e diga a Maser que mande os Hatamotos se reunirem.
Eles 4 partem em seguida nos cavalos de Ran se juntam aos soldados reais.

Os 52 Hatamotos correm em seus cavalos pouco antes de amanhecer e em um dia chegam em Ultima Fortaleza. De seu cavalo Augusto admirava os desconhecidos. Possuíam um grande acampamento com centenas de tendas e umas 5 tendas maiores. Poucos cavalos para uma cavalaria. Os soldados exibiam equipamentos avermelhados e prateados, grandes escudos retangulares e usavam algo semelhante a saias com placas de aço, caneleiras, grevas, elmo simples, tudo aparentava ter sido confeccionado em aço.
Pilcrum: - Irmão. Eles dizem estar aqui de forma pacifica.
- Claro! Encontram alguém tão grande quanto eles.
- Pediram que o líder fossem até eles, mas não fui.
O rei sorri
- o que teme, meu bem? Ran! Vamos lá.
Já era noite e Ran e Augusto desciam a pé uma fácil inclinação para chegar ao vale. No acampamento Augusto para diante de um homem robusto e alto que o barra.
- Quero falar com o Magno, sou o Lord de toda essa terra.
- Como ousas vir até aqui sozinho, baixinho?
- Não vê meu amigo aqui?
- Por que não esmago os dois aqui e agora?
- Me responda você, nobre homem.
- Sua monstruosidade... deixe-o entrar. Não é assim que se trata um rei - Falou um homem careca de estrutura média que saiu da tenda maior.

Magno
Aquele homem era Magno, o comandante daquele exército. Magno os convidou para entrar na tenda. Pegou uma garrafa.
- Vinho senhores?
Augusto: - Não.
Ran: - Melhor não.
- Mas que desfeita.
- Desculpe, simplesmente não bebo e o Ran precisa ficar sã pelo Battõjutsu.
- Batto o quê?
- Logo verá. Agora, eu quero saber o que planeja por essas terras e quem são vocês?
- Nossa, direto e rígido. - Feliz, talvez por causa do vinho, falava Magno sempre sorrindo - comecemos pelo mais fácil. Sou o comandante da 10º Legião do exército do Império Aburame e esses somos nós, a 10º Legião. O que queremos depende. Não vai dizer nada?
- Você não terminou.
- Temos muito a oferecer, talvez vocês também tenham, ouro não falta. AAh! Sim! Queremos que você e seus homens sirvam ao Império. Podem ganhar muito com isso.
- E se não quisermos?
- Por que não? Veja bem o que pode ganhar...
- Não irei lutar em uma batalha que não é minha.
- Tudo bem. Na verdade, só estou aqui para reconhecimento. Se não quer ajudar por bem, amanhã marcharei para sua cidade e não terá escolha.
- E a tenho agora? Saiba que nessa batalha, nenhum dos meus cairá.
O rei e Ran saem da tenda e antes de partir são parados pelo gigante que os perturbara no início. 
- Onde pensam que vão. Olha baixinhos, não podem ir, eu não gostei de vocês.
O gigante corre em direção a Ran e Augusto. Augusto fica imóvel de braços cruzados e Ran em uma posição estranha, meio curvado e com as mãos próximas a espada. O gigante berra e corre com sua espada enorme e quando posiciona-se para o golpe ele para. Ran e Augusto voltam a andar e o grandão cai no solo se contorcendo de dor com suas tripas para fora. Os amigos vão socorre-lo e deixa os dois irem.
Na manhã os dois exércitos já se organizara. Augusto já sabia das intenções deles, pois batedores haviam trazido informações de que eles subjugaram e saquearam tribos e cidades que tiveram em seu caminho.

Os soldados do império se organizaram em 5 batalhões de 100 homens cada com 4 batalhões formando um quadrado com um corredor em cruz e um batalhão a esquerda. Mais 150 homens estavam enfileirados mais distantes e onde estava Magno. Os escudos vermelhos faziam uma espécie de parede e cada batalhão fazia um quadrado menor impenetrável.

Ran e Augusto, junto com os Hatamotos, esperavam em um declive. Alfredo, Pilcrum e Maser, ainda não haviam decido com o exército ao vale, pois mal sabiam o que iam fazer. Alfredo e Maser comandavam a infantaria, Alfredo apenas 200 homens de espada, escudo, e armadura completa e Maser 300 homens, sendo 200 semelhantes a força de Alfredo e 100 equipados de forma diferente. Já Pilcrum era a comandante de 100 cavaleiros de armadura leve, espadas e lanças.

2 comandantes estavam à cavalo e seus homens caminhavam. “Precisamos de arcos” disse Maser. “Arco? Eu quero esmagar cabeças” falou Alfredo. Pararam, Alfredo se volta ao exército e Maser caminha até o topo do vale.

- O que iremos fazer, linda Pilcrum?
Pilcrum era de fato uma linda mulher. Usava sua armadura pesada, mas sem elmo, os seus olhos azuis brilhavam, e seu cabelo dourado resplandecia, o seu sorriso quase que constante acalmava e trazia uma sensação de alegria a quem via.
- Oi meu amor. Vê que belo dia? O sol brilha como nunca.
Maser rir e diz: - Achei que estava pensando em como lutar. Não sabemos o que fazer. É a nossa primeira vez.
- Calma, você é bom com primeiras vezes, posso dizer isso.
- Se seu irmão ouvir estou, estou perdido
- Ah! Bem, eu acho que as naginatas ou lanças não iram causar muito dano.
- isso é mal, muito mal. O Lord disse que se jogar aos escudos seria apenas suicídio, pois eles nos cortariam por baixo. Devem lutar como os antigos romanos. – Maser franze a testa e se volta a sua amada. – Você sempre feliz, mesma nessa situação! – ele sorrir também.
- É que eu sei o que fazer.
- Então diga!
- Sabe os seus Abushis? Reúna-os na frente e jogue aqueles cães contra os escudo, atrás avance com a infantaria e os deixe trabalhar. A minha cavalaria entrará no corredor e atravessará aqueles malditos. E Augusto? O que fará?
- Ele vai atacar o Magno.
- Talvez ele nem entre em confronto.
- Hum, acho que ele não vai desistir disso.
                                                                               
No início da reforma dos castelos e do vínculos com as tribos. Em uma das vila, Talita, a 3º das 7, um grupo de 10 jovens começou a demostrar interesse e admiração pelo exército. Esse grupo desenvolveu uma arma que chamariam de Abushi e técnicas para usa-la. A testavam em animais e treinavam em bonecos de palha para criar técnicas de luta. Essa arma era uma grande clava de cabo duplo com pedaços redondos de metal duro, em 13 fileiras, ao longo do porrete. Era fácil de usar e de pequeno giro, porém muito boa para esmagar. Agora os Abushis eram 40 homens do exército, não usavam armadura, apenas algo semelhante ao quimono dos Hatamotos, só que amarelado e marrom.

2 horas havia se passado e os soldados imperiais mantiveram a formação. O exército de Augusto também se posicionou no vale em uma fileira do jeito que Pilcrum dissera, com os 40 Abushis na frente. Em algum momento da tarde, Maser dá a ordem e os Abushi partem e pouco depois os guerreiros de escudo e espada longa. Quando os Abushi se chocam no escudo eles se partem e alguns golpes atravessam os escudos e atingem a cabeça dos soldados que não tem chances de sobreviver. Os imperiais logo veem que não podem lutar naquela formação e com o balanço da clava os soldados sem armadura são vulneráveis na luta corpo a corpo, porém quando o comandante manda sair da formação, guerreiros de espada longa surgem por trás dos Abushis e em pouco, seus flancos são tomados por cavaleiros de lanças e naginatas. Aquela batalha já parecia ter seu destino selado.

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