Os Guerreiros Demônio - Hatamoto


Em um mundo desconhecido existia um recente reino de nobres homens e prospera terra. Os muros altos protegiam os bons cidadãos e o castelo que abrigava o rei. Uma esplêndida e irregular escadaria dava acesso ao castelo.  Acontecia um evento naquele lugar, homens de toda parte vinham ao reino tomar os grãos excedentes. O reino era prospero e tinha muita sobra, porém, nas aldeias mais próximas daquelas terras nada se conseguia produzir.

Uma imensa fila vinha de fora dos portões e subia as escadas do palácio. Ela era supervisionada por vários soldados de armadura completa, que mantenha a ordem. Estava na fila os povos de várias tribos famintas e o rei distribuía grãos de trigo para toda aquela gente. A ponta da fila entrava no corredor do palácio, e lá, o jovem Ran,” o que sabe”, fazia os registros e dava as sacas.

Ran era o braço direito do rei, chefe da guarda real (os Hatamotos). Ran era jovem, muito jovem, cabelos longos e pretos, de baixa estatura e de aparência delicada o que claro, enganava. Portava uma espada na cintura diferente do padrão da infantaria. A espada era de um gume, fina e comprida (katana). Usava, naquele momento, um quimono roxo e cabelo preso.

Ran estava sentado anotando e despachando os famintos que davam os seus nomes e o número de pessoas em sua casa, se mentissem Ran saberia. Ele parecia poder ler a mente, saber o que os outros sentiam. O rei estava caminhando na sala olhando e rindo com alguns soldados até que chega a vez de um homem que chama a sua atenção.
- Nome? – Ran não olhava para ele.
- Davi.
- De onde?
- Bom Pastor.
- Para quantos?
- 14.
- Quem?
- minha filha, esposa e sua família.
O rei grita: - Ran! Esse não pode levar. – Ran levanta franzino as sobrancelhas
- Como assim? O que foi?
O garoto começa a pestanejar: - Por que? Minha família precisa muito, por favor não, o que há de errado?
O rei se aproxima dele que logo fica trêmulo, pois a majestade era mais alto e estava completamente equipado. O rei sorriu por trás do elmo e perguntou: - Como vai Mariana? Irei vê-los depois. Ran, deixe-o levar. O rei sai para organizar melhor a distribuição levando o povo da fila para praça.

Ao fim da tarde as atividades no palácio haviam sido cessadas e continuaria no dia seguinte. No lado de fora das muralhas havia um grande acampamento daqueles forasteiros de tribos distantes, alguns partiriam na manhã. Augusto o rei e Ran, o seu amigo valoroso, estavam próximo ao acampamento junto com o responsável pela segurança daqueles e mais 2 generais.
- Como estou cansado – disse Ran.
Alfredo: Esse trabalho será eterno, todos os dias chegam mais famintos.
Augusto: Há para todos.
Alfredo: Senhor, estava pensando e conversando com o Gelford. Esse povo têm muitas habilidades e poucas delas militares, poderiam oferecer uma boa renda e braços por segurança e logo produziriam algo.
Augusto: Não tenho interesse nisso, vivemos bem com o que temos.
Ran: - Esses homens são animais. Grande parte deles eram da nossa terra anterior, só os melhores homens entram aqui e é por isso que vivemos em paz.
Alfredo: - Expandir a fronteira seria o... – Ele é interrompido pelo rapaz que o rei assustou no palácio.
Davi: - Oi, ah, majestade, eu...
Augusto: - Olá Davi, o que quer?
Davi: - Queria saber quem é voc... vossa alteza.
Augusto: - ah! Chame-me como quiser cara. Eu não o conheço, mas você está com gente do meu sangue.
Alfredo: - Como eu dizia, nós poderíamos...
Davi: - ...então, nós podemos vir viver aqui!
Augusto: - Não, não podem. Não são o tipo de gente para esse lugar, sinto muito. A noite vai cair, Ran! Vamos. Depois falamos disso Senhores.

Alguns dias depois aquela centena de forasteiros haviam ido e duas semanas depois o rei convocara seus 50 Hatamotos e cavalgaram para Bom Pastor. 50 homens de armadura vermelha e de mascaras assombrosas e na frente o Ran e o rei Augusto, os dois com armaduras semelhantes ao dos Hatamotos, Ran de azul marinho e o rei de Preto. Eles trajavam armaduras leves, mas resistentes e elmos de aço (kabuto) Espadas como a de Ran, de um gume. A máscara de Ran era a única de cor diferente da armadura, branca, de semblante sereno e sem boca.




Lord

O Hatamoto seria semelhante a isto



Seguiram em trilhas estreitas pela floresta durante 7 dias até chegar e cruzaram 3 aldeias até chegar na cidade. Os cavaleiros entravam lentamente na cidade e os aldeões saiam de suas malocas de palhas. A vila era cortada pela estrada de pedras, assim como as outras. As casas de palha e paus ficavam nas margens da estrada e não demorou muito, apesar da lenta caminhada, até os cavaleiros estarem no meio dela. Sob os "murmúrios" da população, o rei parou em frente a uma taberna e liberou os homens para andar pela cidade. Perguntou lá mesmo por Davi e foi até sua casa.

Augusto estava sentado no meio de uma grande mesa quadrada e não usava seu elmo e máscara, e com ele estava algumas mulheres jovens e mais velhas. - Vocês estão bem, não acredito que passaram. Não entendo porque não fiquei com vocês.
- Pois é, que pena, a muito não o via. Você é o quê? Manda neles? - Perguntou uma garota de cabelo cacheado e vermelho.
- Pois é Mariana, a muito... Sim, sou o Lord ou Rei das suas terras, o invencível Basara.
Uma senhora que entrava e saia da sala disse: - Achei que nunca mais o veria meu filho.
- Sei, nenhum dos nossos morreu, engraçado. E vocês? O que são? - sorriu o rei. - Soube que você é mãe, Mariana.
- Ah! Meu amor, a mesma coisa de sempre, sendo escravizada.
Davi aparece do canto: - É, vivendo miseravelmente. Fomos assaltados.
Ina: - A vila toda foi.
Davi: - Sim! Os miseráveis levam nosso trigo e para termos um pouco precisamos dar o que produzimos ou extrair minerais em uma mina deles aqui perto.
Augusto: - Eu posso resolver isso! Não se preocupem.
Davi: - São muitos, uns 60 e estão em um forte.
Augusto: - Ah! Não me faça rir. Venha comigo, cara.

Os 52 homens e mais 8 aldeões cavalgava lentamente e andava em direção ao forte.
Davi: - Ali meu rei.
Augusto: - Não sou seu rei. Sabe que minha espada clama por seu sangue. Vocês da vila fiquem aqui, eles já nos viram. 
Continuam a caminhada à cavalo até que um zumbido soa e um projetil rasga o céu e rouba a atenção de todos. O projétil grava-se na armadura do rei deixando todos em silencio por uns instantes. Um dos soldados começa a rir e logo todos são contagiados pelas risadas, menos o Ran. O rei tira a flecha e dá a ordem. "Homens! Avançar!" Em meio a gritos de bravura os 52 avançam e entram facilmente no forte.

Os bandidos não vestiam armadura e usavam arco e espadas longas e de dois gumes, os Hatamotos bradavam rapidamente suas espadas leves e de um corte. Era incrível, aqueles demônios derrubavam um a cada movimento, enquanto os ladrões mal conseguiam desferir um ataque e mesmo assim as armaduras pareciam impenetráveis ou absorver os golpes. Sem nenhuma baixa para o rei, o ultimo bandido caiu no topo da fortaleza. 

As sementes estavam nas masmorras
- Veja meu anjo, muito trigo.
- Sim. Tem de umas 4, se deixar de lado o que já foi consumido. - Disse Ran
- Ah! Raiva! Como iremos distribuir?
- Partes iguais de forma proporcional para os que foram assaltados
- Gênio... Cuide disso, por favor. O que faz os outros, Galford?
- Pilham ouro e o que tiver, meu senhor.
- Ótimo!

O trigo foi dividido e preparado para ser escoado. A noite tudo estava pronto para partida. O rei, Ran, Galford e Lanza, ficaram nos aposentos do líder da tribo, Um senhor de 80 anos chamado Clovis. 
Clovis: - O que fizeram foi incrível! Precisamos disso por aqui.
Augusto: - Isso que queria saber, como fazem a segurança?
Clovis: - No começo havia uma milícia de 15 homens e em mãos aquilo se podia cortar. Veio esses bandidos e derrotaram todos muito fácil. O que iriamos fazer? Obedecemos a eles.
Ran: - Mas não tem armas? 
Clovis: - Onde conseguir? A primeira mina de ferro que sabemos, já está em mãos de bandidos e mesmo assim, não saberíamos produzir armas. 
Galford: - O problema de nossa antiga vida. Não sabíamos fazer nada. Nem levantávamos para ir ao mercado...
Augusto: - Estava pensando, eu poderia enviar homens para fazer a segurança por essas bandas e treinar alguns de vocês.
Clovis: - Seria excelente! O senhor é um bom homem! Agradeceríamos muito. Seria recompensado.
Augusto: - Ra! Veremos isso depois.
Clovis se retira.
Augusto: - Lanza! Tire 9 homens e leve com eles essa proposta e o trigo para os mestres das outras tribos. Volte de imediato, o mais rápido que puder. Quero que parta antes de mim.
Lanza: - Sim meu Lord. Considere feito.

Assim que o sol nasce. Os 42 guerreiros cavalgam para seu lar e levando com eles as novas e o trigo das outras vilas.

À noite, já no palácio, se reunia o rei, Ran, Galford, Pilcrum, Maser e Alfredo, todos eles os comandantes dos exércitos daquela prospero reino. Augusto falava sobre ajudar as vilas. 
- Então, esses aldeões não tem segurança alguma. O plano é enviar soldados para os proteger e treina-los. O Lanza falou de bandidos escondidos nas minas, quero elimina-los.
Maser: - Bom meu rei, é uma ideia boa, mas custosa demais e sem retorno algum. O Galford e Alfredo me passou uma ideia, escute-a, por favor. Como o Ran disse, devemos melhorar a comunicação construindo boas estradas, isso é certo, melhora tudo. Ao logo do caminho instalaremos postos avançados, reformaríamos a fortaleza acabada que está entre as vilas e depois da última cidadela construiríamos uma nova fortaleza. Bom, sobre os aldeões. A sua segurança seria feita por 2 esquadrões de cavalaria leve que iria patrulhar a estrada de uma ponta a outra e alguns poucos soldados nos postos avançados. Mas, iríamos exigir deles mão de obra para fazenda, mina de ferro e pedra e cobrar impostos, provavelmente haverá comercio entre todos devido às estradas. É aparentemente custoso, mas rende também. E podemos continuar proibindo a sua estadia em nosso reino.
Augusto: - Vocês realmente querem um império. Mas parece uma boa ideia. O que acha Ran?
Ran: - É bom.
Augusto: - Fica decidido assim. E agora?
Galford: - Precisas de um herdeiro.
Augusto: - E-a-g-o-r-a? - Galford recebeu um olhar ameaçador.
Pilcrum: - Tenho o relatório do Lanza. Lord! Foi bom encontrar essas minas de ferro. Nosso aço era da sucata das nossas coisas antigas. Essa mina é vital, aqui está o plano...
A reunião termina e Ran e o Rei se recolhem no palácio.


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